Páginas

2011-07-01

Google+ : "MAIS" uma tentativa social do Google


O Google+ saiu e já tem gente achando um barato, gente cautelosa, e claro, gente jogando pedra. Eu particularmente não estava tão empolgado com algo da Google desde que vi o Social Graph API, e provavelmente só vou ficar mais entusiasmado com o Google Wallet. Nesse post vamos dar duas respostas para as seguintes perguntas:

  • Pra que serve o Google+ ?
  • É mais uma tentativa da Google para a dominação mundial?
Uma pergunta que não vou responder é: Vai dar certo?

A maior parte das pessoas deve estar se perguntando para que raios serve o Google+. O Google+ é um mecanismo de compartilhamento. “E qual a graça disso? Posso compartilhar as coisas pelo Twitter, pelo Facebook, Tumblr e por dezenas de outros caminhos”. A grande propaganda do Google+ é que ele permite que você faça compartilhamento selecionado. Você pode escolher se quer compartilhar com seu círculo de amigos, de colegas, de familiares, de vizinhos, enfim... Escolhas os círculos e contatos com quem quer compartilhar. E o conteúdo só chega para eles. Tem gente que fica com medo de compartilhar fotos, comentários, links, com medo do que o chefe, a namorada, o vizinho, o pai vão pensar. Então compartilhe apenas com seus amigos de bar. Basta criar um círculo para eles e se seu irmão ia curtir adicione ele na lista, de maneira simples e prática.
Outra pergunta que devem estar se fazendo é se a Google não cansou de levar na cabeça nas suas tentativas sociais tipo o Wave e o Buzz (Orkut também, mas brasileiro não entende que Orkut é um fracasso...). A resposta é não. O que a Google quer metendo a cara no mercado das redes sociais digitais? Ela quer ganhar dinheiro. Você deve ter notado a quantidade de propaganda que há no Facebook (olhe para o lado direito da tela). A Google ganha dinheiro com propaganda, pelo menos até o Google Wallet se difundir. No momento que o Facebook leva um fatia grande do mercado de anúncios a Google tem de se mexer. Se a Google não ganha dinheiro ela não pode manter serviços fantásticos como o docs, blogger, gmail, etc..
E vai funcionar? Só o tempo dirá. O Google+ tem alguns fatores bem positivos: visual limpo e agradável, e praticidade. Quem defender que o Facebook já tem as funcionalidades de compartilhamento seletivo vai ter de me explicar porque um usuário vai querer gastar tempo criando grupos por nomes, quando o circles tem uma interface gráfica super simples e prática? E se eu quiser compartilhar algo com dois grupos e mais três amigos? No facebook tem de clicar naquele cadeado escolher a opção de customizar, e numa tela que abre escolher para selecionar quem mostra, adicionar as pessoas... No Google+ isso está na mesma tela a um de distância. Nada mais de scraps privados, mensagens particulares, usar depoimentos, mande conteúdo apenas para quem ele é intencionado.
Claro que o Facebook pode lançar uma remodelagem para simplificar, sintetizar e tornar mais prático, similar ao Google+, os mecanismos de compartilhamentos, mas se ele prover isso o Google+ já serviu para alguma coisa, concorda?
Não é que o Facebook coloque todo mundo no mesmo saco, como a Google alega, o caso é que o Facebook apenas torna tão pouco prático fazer isso que ninguém faz compartilhamento selecionado. O twitter por outro lado não tem essa opção. Você não compartilha, divulga. O sistema de listas é fantástico, mas a natureza do microblog é de divulgação.
Quem não gostou da coisa de qualquer um poder lhe adicionar num círculo não entendeu direito o conceito. Seus posts e shares vão continuar sendo divulgados apenas para quem vocẽ quer. Então não adianta aquele cara na costa da Índia ter te adicionado, a não ser que seu post seja público ele não vai ter acesso. O usuário pode ter milhões de seguidores, mas só vai compartilhar coisas com os amigos e a família, talvez os vizinhos ou colegas de trabalho. A paranoia é sua amiga, mas acho que é irrelevante quem me segue, desde que eu use o prático sistema de compartilhamento do Google+, só compartilho com quem quero. Levando em conta que a maior parte dos usuários tem feed público no twitter e qualquer um pode adicionar numa lista sem nem o aviso que o Google+ dá que alguém lhe adicionou num circle, a reclamação é sem sentido.
Isso de ficar mandando e-mail? É ruim? Talvez, uma vantagem é não ter de ficar trocando de aplicação para mandar um link para o e-mail do meu tio que detesta redes sociais. Faço um share com ele e mando pro e-mail dele.
Pode melhorar? Uma coisa é certa: O potencial do Google+ não foi atingido. Não usei o wave, mas o buzz foi definitivamente subaproveitado, e menosprezado. na minha cabeça já tem algumas funcionalidades que estão faltando, mas com o tempo elas vão chegar nem que seja na marra.
Mas a recomendação do dia é você entrar no Google+. Pode ser que ele não desbanque o Facebook ou o Twitter, mas ele com certeza vai aposentar o Orkut.

[+/-] show/hide

2010-06-05

So what?


I read this days about Google phasing out Windows internal use due to security concerns. So what? I like, really like, Google and their products, but I didn't understand the reason for such repercussion. I actually am disappointed it took so long for that.


Of course you should pay attention to security issues concerning Windows, but not because Google trumpeted them. Computers and Internet must be taken seriously and, of course, Windows has security issues. But, guess what. All Operational Systems have security issues and failures. Whether Mac or Linux (both POSIX).
It isn't even viable drop the general use of Windows. There is too many systems running only on Windows. It doesn't matter how many app are today on the Apple App Store or Android Market. The Windows's programs set is much bigger.
Maybe you have listened that your iPhone, Android mobile, iWhatever OS is safer than Windows. That would be truth. So what? It is not like Apple or Google have invented the light bulb. Their amazing concepts like “Sandboxing” and centralized application repositories are old news in Linux Distributions. Have you ever listened about apt-get, Synaptic, yum, and others? No? They are “Linuxes App Stores” and are around here for quite some time.
What matters little in the security field. It is a vicious cycle. The systems come out, the vulnerabilities are found and explored. New security features show up. New holes show up... And the main hole is somewhere is never going to disappear: the user. Murphy's laws fits perfectly here: if there is a way to user rip off the security barriers, he is going to do it soon.
Let's put it very simply: Google is doing that because it suit them better, it is better for their ecosystem, it doesn't mean the same goes for you. The great reason I don't understand the spotlights on that decision is really this: domestic users aren't going leave their comfort zone to try out something unknown as Linux. I sincerely hope no one people from Free Software is going to think it as opportunity to Linux grow and spread...
I would love to see people doing like I did: testing, finding and deciding what fits them best. I chose Ubuntu Linux, Google chose not-Windows. Google does even not care about OS. Their business is focused in the “cloud”. The Chrome OS is just a detour due to their current business needs. What better way to show that OS is not important than to make one proving it? So what? That is up to you. Are you going to quit Windows, just because Google is going to?

[+/-] show/hide

E daí?


Eu li esses dias que a Google está progressivamente removendo o uso interno do Windows. E daí? Eu gosto, realmente gosto, da Google e dos produtos dela, mas eu não entendi a razão para tal repercussão. Estou na verdade desapontado que tenha demorado tanto.


Claro que você deve prestar atenção as questões de segurança relativas ao Windows, mas não porque a Google alardeou-as. Computadores e Internet devem ser levados a sério e, é claro, o Windows tem questões de segurança. Mas, adivinha. Todos os sistemas operacionais tem problemas de segurança e falhas. Seja Mac ou Linux (ambos POSIX).
Não é viável abandonar o uso geral do Windows. Há muitos sistemas rodando apenas no Windows. Não importa quantas apps há hoje na Apple App Store ou Android Market. O conjunto de programas para Windows é muito maior.
Talvez você tenha ouvido que o SO do seu iPhone, celular Android, iQualquercoisa, seja mais seguro que o Windows. Seria verdade. E daí? Não é como se a Apple ou a Google tivessem inventado o a lâmpada. Seus fantásticos conceitos como “Sandboxing” e repositório centralizado de aplicações são notícia velha para as Distribuições Linux. Já ouviu falar de apt-get, Synaptic, yum, dentre outros? Não? Eles são “App Stores para Linux” e estão por aqui há algum tempo.
O que importa pouco no campo da segurança. É um ciclo vicioso. Os sistemas chegam, as vulnerabilidades são encontradas e exploradas. Novas funcionalidades de segurança aparecem. Novas brechas aparecem... E o principal buraco está num lugar que nunca vai desaparecer: o usuário. A lei de Murphy se encaixa perfeitamente aqui: se há um modo do usuário arrancar as barreiras de segurança, ele vai fazer isso em breve.
Vamos colocar de modo bem simples: a Google está fazendo isso porque melhor a convém, é melhor para o ecossistema dela, isso não significa que seja melhor pra você. A grande razão que não entendo os holofotes nessa decisão é na verdade isso: Usuários domésticos não vão sair de sua zona de conforto para tentar algo desconhecido como o Linux. Eu sinceramente espero que ninguém do Software Livre esteja vendo isso como uma oportunidade do Linux crescer e se espalhar...
Eu adoraria ver as pessoas fazendo como eu fiz: testar, encontrar e decidir o que melhor se encaixa para elas. Eu escolhi Ubuntu Linux, Google escolheu não-Windows. A Google nem se importa com SO. Os negócios deles estão focados na “nuvem”. O Chrome SO foi apenas um desvio devido a suas atuais necessidades de mercado. Que melhor maneira de mostrar que SO não importante do que fazer um provando? E daí? Isso é com você. Você vai largar o Windows só porque a Google está indo?

[+/-] show/hide

2010-05-31

Game's art


The big matter is there is some ambiguity. There is video games and there is electronic puzzles. A electronic puzzle is a game played in an electronic device. Even common games like blackjack or draughts (checkers) are on electronic devices. If you consider chess just a game instead a sport, electronic chess against the computer is an electronic puzzle. I particularly prefer electronic puzzles.
Video game is something different. They aren't only about solve a problem against an automatic antagonist. Video games are touched, blessed, with the most permeator and abstract kind of art: literature. A fundamental point in a videogame is the need of follow a history, or create it somehow.
It's very simple to get there is histories behind modern and old video games. It may be just the background to a bunch of fights or a complex and mysterious screenplay. Sometimes people used the history just as an excuse to shoot zombies, alike some film out there. Even more if there is literature, there is art. There isn't such of thing like more or less art. If there is art is art. How much you have liked that particular work is totally up to you.
I even consider a person who tries to deny the video games as art are depreciating the literature. Even more, there is another kinds of art composing them. It is clear there is graphic arts involved. Even the electronic puzzles are plenty of graphic art. And graphics are fundamental as well it is to cinema and people don't deny it as art.
Perhaps the problem is about the challenge involved. We would hardly accept Olympic Long Jump as art. But in video games the player also acts like actor. There is some level of role-playing. The player incarnates the character, avatar, in that history. The problem about the player role on the art is the same ambiguity there is on dramaturgy. There isn't play without acting. But also on games and sports there isn't contest without the contestants. The video game player does as the actor does: make from literature a different kind of art.
There is a interesting book with this ambiguity between game and art. Das Glasperlenspiel (The Glass Bead Game) is the last work of the German author Hermann Hesse. In that fictional universe there is a game which encapsulates the whole synthesis of human learning and the matches are somehow art pieces.
Even video games are far from the concept alluded on Das Glasperlenspiel they are art and beyond. Art doesn't encapsulates video games, but they shouldn't be excluded of the art set either. I guess the synthesis is: Since videogames have literature and graphic art on them, they are art, but they aren't only art.

[+/-] show/hide

A arte do jogo


O grande problema aqui é a ambiguidade. Há videogames e quebra-cabeças eletrônicos. Um quebra-cabeça eletrônico é um jogo jogado em um dispositivo eletrônico. Até jogos comuns como blackjack (vinte e um) e damas estão em dispositivos eletrônicos. Se você considera Xadrez um jogo em vez de um esporte, Xadrez digital contra o computador é um quebra-cabeça eletrônico. Eu particularmente prefiro quebra-cabeças eletrônicos.
Videogames são algo diferente. Eles não são apenas sobre resolver um problema contra um antagonista automático. Videogames são tocados, abençoados, com a mais permeadora e abstrata forma de arte: a literatura. Um ponto fundamental num videogame é que ele precisa seguir uma história (ou criá-la de algum modo).

É muito simples perceber que há histórias por trás de videogames modernos e antigos. Pode ser apenas o plano de fundo para um bando de lutas ou um roteiro complexo e misterioso. Algumas vezes as pessoas usam a história apenas como uma desculpa para matar zumbis, parecido com alguns por aí afora. Mais do que isso, se há literatura há arte. Não existe isso de mais ou menos arte. Se existe arte é arte. O quanto você gostou desse trabalho em particular é sua total escolha.
Eu até considero uma pessoa que tenta nega videogames como arte está depreciando a literatura. Ainda mais, há outros tipos de arte compondo-os. É claro que há artes gráficas envolvidas. Mesmo os quebra-cabeças eletrônicos estão repletos de arte gráfica. E gráficos são fundamentais também para o cinema e as pessoas não o negam como arte.
Talvez o problema é com o desafio envolvido. Nós dificilmente aceitaríamos Salto em Distância como arte. Mas nos videogames o jogador também atua como ator. Existe um certo nível de interpretação. O jogador encarna a personagem, avatar, naquela história. O problema do papel do jogador na arte é a mesma ambiguidade que há na dramaturgia. Não há peça sem atuação. Mas também nos jogos e esportes não há disputa sem os participantes. O jogador de videogames faz o que o ator faz: constrói da literatura uma outra forma de arte.
Há um livro interessante sobre essa ambiguidade entre jogo e arte. Das Glasperlenspiel (O Jogo das Contas de Vidro) é o ultimo trabalho do autor alemão Hermann Hesse. Naquele universo ficcional há um jogo que encapsula toda a síntese do aprendizado humano e as disputas são de algum modo peças de arte.
Mesmo que os video games estejam longe do conceito aludido em Das Glasperlenspiel eles são arte e mais que isso. Arte não encapsula os videogames, mas eles não deveriam ser excluídos do conjunto de arte tão pouco. Eu acho que a síntese é: já que videogames tem literatura e arte gráfica neles eles são arte, mas eles não são apenas arte.

[+/-] show/hide

2010-05-22

Technology before Education is unsorted...


The National Large Band Plan (Plano Nacional de Banda Larga) is a Brazilian government measure that has its merits, but is a symptom from a Brazilian habit very clear: it's better to extinguish fires instead prevent them.

This measure is comparable to others like ProUni and REUNI. They are attempts to mitigate a situation much graver and generalized in Brazilian society: lack of education. When I say lack of education, I am not saying there isn't access to education on the country. The indicators demonstrate instruction is wider, but what kind of education is given?
Before technology, even opportunities, the society must be educated. Education before technology is the right sorting. Informatics and Internet are too powerful tools to be available to unprepared people.

It is not the case to not have a plan to universalize Internet access and all information it grants, but the priorities are inverted. Where Internet connection transmission quality is better it is also visible there was a long time dedicated to population instruction.
Who does best use of tools is whom better knows techniques and possibilities. It is essential to create a critic and ethic population. The access democratization on Brazil also means a large amount of people without preparation and critic skills is going to gave access to a tool which cans be used in a malefic, even danger, way.
What kind of use to expect from these Internet users? It isn't absurd to conjecture only a increase on social networks access while educational and business opportunities would be marginal. In a country where lack of ethics and social accommodation are so remarkable, to give so powerful implement with even none legal set to avoid excess it is fearful.
The creation of these opportunities are fundamental. If only one soul is saved and has better and bigger opportunities of learning and business that action is already positive. What it is need to keep on sight is the price is going to paying on that.
It is a hideous situation: it is not good as it is on present and doesn't seem like these actions under implantation will do better. A large amount of people accessing Internet is a way to global integration, a step to form a worldly society more open, expressive and dynamic. Meanwhile a majority little educated is synonym to not elevated uses like piracy, abuses on free speech use, even so criminalization.
Much more than a technical instruction which could happen on schools, it needs a ethical formation of this users group. It is not only amplifies the access and prays to things sort out. To cross the finger doesn't solve it. Before technology, Education.
Maybe people have a vision too inoffensive about informatics and Internet. They aren't inoffensive and demand their part. Let's see a example: hardly someone let a loaded weapon on eleven or twelve-years-old person, but many parents allow their children of that age to have profiles in social networks which explicit ask their users to be adults.
We need to form a generation capable to understand what they should demand about Internet access, privacy, free speech, respect to public and private property before to give so powerful weapons on their hands.
When I say I think people should have license to use computer and Internet some judge me surly and meddlesome, but a lot of them wont give a car or a gun to a fourteen or fifteen-years-old young. And if they would they aren't people who I care which their opinion.
To universalize and democratize a quality access to world wide web, but without forget we are doing that with a population little educated and little ethic. Remember there is serious gaps on regulation to Internet use on Brazilian territory. We need to be aware to the price we are going to pay in human and social consequences.

[+/-] show/hide